sábado, 14 de março de 2015

Império vai deixar saudades...

Império!

Chega ao fim uma das mais queridas novelas dos últimos tempos! Desde "Avenida Brasil" e sua Carminha, não se falava tanto de uma novela e seu protagonista. O Comendador José Alfredo Medeiros, vivido pelo sensacional Alexandre Nero, arrancou suspiros das moças (e senhorinhas) e causou inveja nada branca nos homens de plantão. Todos queria um pouco do charme chucro do Imperador das cabeceiras!
Império foi um sucesso. De público e crítica. Principalmente por não se apegar ao estigma de novela realista, Império pode se reinventar quando sofreu uma baixa grave em seu elenco. Drica Moraes teve uma faringite e precisou ser afastada da novela, mas sua personagem, Cora, era muito importante para simplesmente sair de cena. Usando então uma surrealidade apaixonante, Cora foi pra um Spa e voltou rejuvenescida (com xixi de jacaré) na pele de Marjorie Estiano, que interpretou a vilã na primeira fase da novela.
Grandes surpresas, de histórias e elenco, surgiram em Império. Assim como algumas coisas não deram tão certo quanto se esperava.
Vamos listar um Top 7 de coisas que funcionaram muito bem na nossa amada novela.

TOP 7

7. Xana Summer e Naná

O cabeleireiro gay interpretado pelo Aílton Graça  e a manicure Naná, de Viviane Araújo (ótima no papel, aliás), mostraram uma das relações de amor e amizade mais bonitas já mostradas na TV.
Depois de quase cair no erro de transformar o nítido homossexual Xana em Crossdresser, Aguinaldo Silva corrigiu e fez o cabeleireiro ser ciumento apenas por amizade e não por ter tesão na Naná. No final da novela, Xana e Naná se casaram, mas apenas para adotarem o menino Luciano. Naná namora Antônio e todos vivem juntos e felizes.

6. Cora (de Drica Moraes e Marjorie Estiano)

A vilã Cora começou, com Marjorie Estiano, prometendo ser uma das mais demoníacas vilãs da TV brasileira. Ao envelhecer, e se tornar Drica Moraes, parecia confirmar isso, afinal facilitou a morte da irmã, matou o namorado da sobrinha e encomendou a morte do namorado. Porém aos poucos foi caindo no humor, mas sem perder a acidez. Um problema de saúde fez Drica se afastar da novela e Marjorie Estiano voltou e abocanhou o papel, como se nunca tivesse deixado de ser seu. Marjorie e Drica chegaram a ficar parecidas. Nesse momento, Cora se humanizou. E mostrou que sempre foi movida pelo amor descomunal que sentia pelo homem de preto. Cora inclusive, morreu pra salvar a vida do Comendador. Comovente.

5. Chay Suede

Quando o Ex Rebelde, Chay Suede, foi confirmado pra viver José Alfredo na primeira fase da novela, muitos torceram o nariz. Primeiro por ser um ator/cantor, segundo por vir direto da Record. Mas todos se surpreenderam e foi amor a primeira olhada. Só se falava de Chay Suede. Nos bares, nos mercados, nas lojas... Fez tanto sucesso que ele foi confirmado na novela que estréia na segunda-feira, Babilônia.
Chay é sucesso. É galã. É Global.

4. Paulo Vilhena

Surpreendente. Pra dizer o mínimo.
Quem estava acostumado com a imagem de revoltado e ator raso ficou de queixo caído. Na pelo do esquisofrênico Salvador, Paulo Vilhena deu show. Brilhou muito e merece todos os aplausos.

3. Andréia Horta

Uma atriz excelente que há muito merecia destaque. Cheia de técnica e personalidade cênica, desde "Alice" na HBO, ela me chama atenção. E Maria Clara, sua personagem, foi de menina legal e descolada à irmã víbora durante a novela, mostrando todas as suas nuances. Sua personagem terminar sozinha, mostrou que a personagem não precisa de homem pra ser feliz.

2. As reviravoltas do enredo
O que muita gente reclamou nas redes sociais, foi exatamente uma das coisas que mais me agradou. Primeiro Cora some, depois volta jovem. Zé Alfredo finge que morre, depois volta vivo. O grande vilão da trama é o filho do protagonista. O mocinho e a mocinha da novela não são necessariamente bonzinhos. A sequestrada é consegue, mesmo com as mãos amarradas, mover a empilhadeira que estava desligada. E essas idas e vindas, nem sempre reais, dão charme e agilidade a novela. Pois quem iria querer ver na tela a vida comum das pessoas, com elas pagando contas, lavando cuecas e etc. As vezes, já dizia Glória Perez, pra se assistir novela, é preciso saber voar.

1. MalFred (Maria Marta e José Alfredo)

Pensem num casal de protagonista que se encaixa perfeitamente, mostre cumplicidade, amor, farpas e mesmo assim não esteja junto como um casal deve ser. Assim foram Zé Alfredo e Maria Marta. Sempre foram cúmplices na vida é um sempre ajudou o outro. Mesmo quando a vida os levava pra caminhos opostos, sempre existia algo que impedia que essa aliança se quebrasse. Quando entrou um outro vértice (Maria Isis) nessa geometria e criou-se um triângulo, muitos pensaram que Malfred estaria com os dias contados. NÃO. Mesmo com Isis na jogada, Maria Marta não abriu mão de seu verdadeiro amor e manteve seu posto de esposa, mesmo que dividido com a ninfeta. Zé Alfredo, por sua vez, soube demonstrar, no tempo certo, o que sentia pela esposa. Uma relação diferente, que ficará marcada na história das novelas. Alexandre Nero e Lília Cabral merecem todos os aplausos do mundo.


Bônus
- Leandra Leal se destacou na cena da morte do Comendador, tudo o que não se destacou na novela inteira.
- A cena com as quatro mulheres da vida de José Alfredo jogando as cinzas do alto do Monte Roraima foi de arrepiar.
- Terminar a novela com a foto da familia, que sempre marcou viradas importantes foi sensacional.
- E deixar pra última cena, a pulga atrás da orelha do público com o Comendador fechando a cortina, foi jogada de mestre.

Império se une à Avenida Brasil, A Favorita, Celebridades, Vale Tudo, A Próxima Vítima, Rainha da Sucata, no hall das novelas inesquecíveis.
Parabéns Aguinaldo Silva e envolvidos.
Se você não assistiu, assista a reprise do último capítulo. Procure a novela no YouTube porque vale MUITO A PENA.

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